A PRF (Polícia Rodoviária Federal) desencadeou em Dourados, neste domingo (18), a operação ‘Frete Ouro Branco’, com objetivo de prender pessoas envolvidas no tráfico de cocaína.
Um caminhão de uma transportadora de Ponta Porã, que atua no comércio de erva mate, conduzido por um homem de 58 anos, foi abordado por volta de 16h 15, na Base operacional da PRF em Dourados, no Km 267 da BR-163.
De acordo com nota emitida pelo inspetor Waldir Brasil, chefe da Polícia Rodoviária Federal em Dourados, o condutor do caminhão entrou em contradição ao tentar justificar porque estava levando uma carga no dia 18 com a nota fiscal emitida no dia 11 de maio.
O homem informou que a esposa havia sofrido um derrame e estava fazendo acompanhamento hospitalar. Só que, durante a inspeção do veículo, os policiais encontraram caixas com tabletes de cocaína sob os fardos de erva mate.
Preso, o condutor do caminhão acabou confessando que repassaria a droga a uma terceira pessoa em um restaurante da cidade. A Polícia continuou monitorando e, no pátio do restaurante, chegou um veículo do tipo Parati, ocupado por um casal que iria receber a ‘mercadoria’, mas que, ao perceber que estava sendo cercado, saiu em fuga pelo centro da cidade.
O indivíduo que conduzia a Parati é empresário, proprietário de carretas, e residente em Itaporã, e estava acompanhado da esposa, que também foi presa. Com o casal foram apreendidos R$ 4.500 em espécie, mais 235 quilos de cocaína e telefones celulares.
Todo o material arrecadado, bem como as três pessoas envolvidas, foram encaminhados a Polícia Federal em Dourados, onde foram autuados em flagrante, por tráfico e associação ao tráfico.
Combinação
A operação 'Frete' segue na linha de 'Operação Ouro Branco' desencadeada pela Polícia Federal há quatro anos, em conjunto com a Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada ao transporte de cocaína através de rodovias que conectam Corumbá em Mato Grosso do Sul a outros estados do país.
O nome da operação - Ouro Branco - faz alusão à cor branca do Cloridrato de Cocaína, uma das principais características do produto traficado pela organização criminosa, além de revelar outro aspecto ligado aos vultosos valores movimentados nessas operações de compra e venda de entorpecentes.