Fiscalização do Ibama e do Ministério Público foi realizada nessa terça-feira (15), após o registro de 14 pessoas ficaram feridas após acidentes com peixes no lago artificial.
Espécies de peixes que morderam 14 banhistas no balneário Praia da Figueira, localizado a 20km do centro de Bonito, ameaçam a biodiversidade de um dos principais destinos de ecoturismo do mundo. A análise é do biólogo especialista em ictiologia e professor da Universidade de Campinas (Unicamp), José Sabino.
Ainda não se sabe qual a espécie de peixe que mordeu os banhistas, no balneário da Praia da Figueira. Existe a suspeita de que os animais sejam de outras bacias e teriam sido introduzidos no local, segundo especialistas e o agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
"Os peixes de outras bacias podem causar danos à biodiversidade de um modo geral, no caso específico do Tambaqui ou do Pacu, são peixes que se alimentam, além de frutos, também de plantas. A biodiversidade de Bonito pode estar ameaçada. Uma das coisas mais bonitas da região de Bonito, mais incríveis, mais únicas, são os jardins submersos, e a possível presença deles nessa região afeta tudo, incidentes com turistas, mudança na vegetação e disputa com outras espécies", esclarece o especialista.
Após os ataques, equipes do Ibama e do Ministério Público realizaram fiscalização no balneário, que tem uma lagoa artificial. Nesta quarta-feira (16), os agentes voltaram ao balneário para tentar capturar os peixes e fazer análise das espécies.